Leitora do blog comenta o post “São Paulo: reorganizar para privatizar?”
Aloysio Biondi (1936-2000), jornalista investigativo da economia, em seu livro “O Brasil privatizado: um balanço do desmonte do Estado”, mostra como essa foi a estratégia utilizada pelo governo FHC antes da privatização, investir nas estatais com o dinheiro público, e depois privatizar, isto é, entregar para a iniciativa privada obter os lucros do que pagamos para “moderniza-las”. A Carta Maior publica (ACESSO: 17/04/2015 em seu SITE) uma lista de livros que desmascara a corrupção inclusive nas privatizações, como a do jornalista Aloysio Biondi. Para quem se interessar:
– O Brasil privatizado – um balanço do desmonte do Estado, do saudoso jornalista Aloysio Biondi. Editora Fundação Perseu Abramo. Primeira edição: 1999
– A privataria tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr, vencedor de três prêmios Esso, quatro vezes Premio Wladimir Herzog. Da Geração Editorial.
– Governo Fernando Henrique Cardoso – Decadência e Corrupção, de Henrique Fontana. Editora Brasília.
– Quem pagou a conta? – A CIA na guerra fria das culturas, da jornalista Frances Stonor Saunders, editora de Artes da revista britânica New Stateman.
– O Brasil do Possível, da jornalista francesa Brigitte Hersaut Leoni. Editora Nova Fronteira, 1997.
– A História Secreta da Rede Globo, de Daniel Heiz. Editora Tchê e, posteriormente, Editora Dom Quixote. O livro está disponibilizado na internet.
– E também o documentário “Muito Além do Cidadão Kane” que andou censurado no Brasil durante vários anos.
A “Lava Jato” se quisesse teria farta documentação publicada pelos autores, nas investigações realizadas. Não são apenas discursos, há documentação que prova o que dizem. É isso que está ocorrendo novamente, reorganizam-se as escolas para privatiza-las, aí os resultados aparecem nas avaliações externas, sem preocupação com a educação do ser social, basta os lucros que virão para as empresas. E o povo acredita que as escolas privadas são as melhores. Sem escolas públicas de qualidade social, não haverá educação de qualidade social, lição histórica.