Diane Ravitch relata que Andreas Schleicher, que lidera o PISA – Programa de Avaliação Internacional de Estudantes – da OCDE, disse em um inquérito da Câmara dos Comuns (Inglaterra) que os jovens poderiam se beneficiar mais das habilidades adquiridas através da criatividade do que da aprendizagem baseada em testes.
Ele estava testemunhando para o Comitê de Seleção Educacional como parte de uma investigação em andamento sobre a quarta revolução industrial – a influência de tecnologias como robótica e inteligência artificial na sociedade.
Schleicher disse: “Eu diria que, na quarta revolução industrial, as artes podem se tornar mais importantes do que as matemáticas”.
Schleicher ainda afirmou que um currículo muito estreito também poderia tornar os jovens menos preparados para as demandas do futuro.
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No entanto, para nossos “reformadores empresariais” caseiros ainda não caiu o “bit” e vivem da divulgação do atraso – inclusive pregando a antecipação da escolarização por disciplinas em uma idade crucial para o desenvolvimento do pensamento criativo como é a educação infantil.
Enquanto o próprio capitalismo corre em direção à crítica e à criatividade, por aqui defendemos a exclusividade de português e matemática, a redução das artes, da sociologia e da filosofia.
Boa tarde, Profº Luiz Carlos.
Interessante a fala do Schleicher, pois soa como contraditória, uma vez que ele é o responsável pela aplicação do PISA, creio eu, o maior teste em larga escala a nível global. Será que a ficha caiu ou se trata apenas de um discurso ideológico?
Grande abraço.
Diego.
Olá. Penso que se o indagassemos ele revelaria a lógica que integra as contradições aparentes…
Abraço
Luiz
Olá, Prof. Luiz Carlos. Boa noite!
Realmente, seria muito interessante indaga-lo a respeito.
Por falar nisso, li essa semana que o Estado de SP será o primeiro no país a aplicar o PISA S (Pisa for schools) para um grupo de escolas da rede estadual. Foi feito ano passado, pela Cesgranrio, uma aplicação teste com algumas escolas brasileiras. Chegou a ver algo a respeito? Teve uma conferência semana passada no Rio e o Andreas Schleicher estava por lá.
Parece que agora, mais do que nunca, mergulharemos de cabeça (pelo menos em SP) na aferição da qualidade pelos testes em larga escala e nas comparações mirabolantes entre sistemas de ensino e alunos de diferentes países em relação ao desempenho nos referidos testes.
Grande abraço.
Tenho lido a respeito. É mais do mesmo intensificado. Abraço .
Luiz