Goiás: professores e estudantes resistem

26 escolas seguem ocupadas no Estado de Goiás contra a privatização das escolas estaduais pela via da transferência de gestão às organizações sociais. Os estudantes atravessaram todo o final de ano e enfrentaram todo tipo de constrangimentos para seguir sua luta pela escola pública.

“No início do novo ano letivo, nesta quarta feira, 20, a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás voltou a afirmar que as aulas nas escolas ocupadas por alunos só serão iniciadas quando os prédios forem devolvidos ao Estado.”

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A presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Estado de Goiás, Bia de Lima, durante reunião pública organizada pela OAB-GO para se discutir a gestão por OSs na educação pública goiana, disse:

“As OSs ferem a Constituição Federal em vários aspectos e prejudicam a comunidade estudantil e os trabalhadores em educação. Segundo Bia, muitos pontos do projeto são questionáveis do ponto de vista constitucional, tais como “a questão da coexistência entre o público e o privado nas escolas, o fim do concurso público que leva ao fim da carreira”. Outros fatores que a professora entende ser difícil na prática, seria a coexistência nas escolas de professores temporários, professores contratados pela CLT e os professores estatutários.”

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A Secretária de Educação Raquel Teixeira disse em debate na Universidade Federal de Goiás que a entrega das escolas às OSs é algo “sem volta”. A isso a plateia respondeu com “fora Raquel”. Constrangida, a Secretária retirou-se da reunião.

“Depois de ouvirem da Secretária da Educação, Esporte e Cultura do Estado de Goiás, Raquel Teixeira, que a gestão por OSs é um caminho sem volta, alunos e professores, presentes na reunião do Conselho Diretor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás para discutirem o modelo pretendido pelo Governo de Goiás, entenderam que as discussões seriam inócuas e pediram o cancelamento do encontro.

Para os alunos e professores, a afirmação da Secretária de que não há possibilidade de revogar o projeto das OSs, significa “que ela não quer dialogar, quer apenas manipular estudantes, trabalhadores da educação e comunidade, com a intenção de legitimar o projeto que foi imposto sem diálogo algum”.”

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About Luiz Carlos de Freitas

Professor aposentado da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - (SP) Brasil.
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