A gestão Doria financia a expansão de vagas em creches com o que economiza deixando de servir leite para as crianças da rede de ensino. Eis a nova forma de financiamento para a educação paulistana.
Dória cortou o fornecimento do leite para crianças maiores de seis anos de idade (antes ia até a nova série do fundamental). Mais ainda, das menores de seis anos, somente as “mais pobres” (renda familiar mensal até 2.811 reais) podem acessar o leite. Das 916 mil crianças que recebiam leite, agora só 250 mil recebem. 73% menos.
“Economizou” 43 milhões com o corte de leitinho das crianças e vai usar isso para financiar a educação municipal.
Também está reformando 22 creches com sua política pública de mendicância junto à iniciativa privada (certamente interessada em financiar sua campanha a presidente, de olho no futuro). O setor privado entrou com 38 milhões através do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
A lição a ser aprendida pelos gestores do Brasil é que para financiar a educação, deve-se tirar o dinheiro da própria educação das crianças ou, então, da política de mendicância junto a empresas que, como se sabe, nunca sai de graça. Se ainda não der, privatize. Ou seja, livre-se das escolas. Este é o sentido que tem a “prioridade da educação” para a gestão Doria.
Doria vai complementar esta expansão através de privatização: estima-se que será possível a criação de 185 creches, todas por convênios com organizações não governamentais.