Em novo livro, “The Public in Peril”, H. A. Giroux examina os impactos da política econômica da nova direita e reflete sobre a juventude e seu futuro, chegando a conclusões assustadoras sobre uma nova geração prisioneira de decisões que favorecem o capital e o mercado e lhes tira perspectivas. Estamos criando a “geração zero”: zero expectativas em relação ao futuro. A análise é sobre o governo Trump e as consequências globais desta ameaça e podemos ver ali a nossa própria realidade apenas trocando Trump por Temer.
Em entrevista a Mark Karlin do site Truthout, Henry Giroux comenta o novo livro e afirma que:
“Sob o reinado autoritário de Donald Trump, o capitalismo financeiro agora impulsiona políticos, a governança e a política de maneira sem precedente e está mais do que disposto a sacrificar o futuro dos jovens por ganhos políticos e econômicos de curto prazo, independentemente da conversa na mídia dominante sobre a necessidade de não prejudicar as gerações futuras com dívidas pesadas e um futuro de empregos com baixos salários. A sociedade americana declarou guerra aos seus filhos, oferecendo um indicador perturbador de uma ordem social em meio a uma profunda crise moral e política. Muitos jovens, hoje, vivem em uma era sem esperanças, uma era em que é difícil imaginar uma vida além dos princípios de uma sociedade orientada para o mercado ou transcender ao medo de que qualquer tentativa de fazer isso só pode resultar no mais terrível pesadelo.”
“Não é de admirar que “esses jovens são chamados Geração Zero: uma geração com Zero oportunidades, Zero futuro” e zero expectativas. A juventude tornou-se o novo precariado, cujo futuro foi sacrificado aos mandamentos do capital e da elite financeira. Além disso, à medida que o estado social é dizimado, os jovens, especialmente aqueles marginalizados por raça e classe, também estão sujeitos aos ditames do estado punitivo. Não só seu comportamento está sendo criminalizado nas escolas e nas ruas, mas também estão sujeitos a formas repressivas de legislação destinadas a remover provisões sociais cruciais.”
Leia mais aqui.