A quinta aula do curso livre “O Golpe de 2016 e a Educação no Brasil” que está sendo realizado na Faculdade de Educação da UNICAMP, já está disponível.
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Boa tarde professor. Sou seguidor de seu blog e acompanho suas publicações em artigos e livros sobre avaliação. No ano passado defendi a dissertação de mestrado na Faculdade de Educação da UFMG, com o título:O Programa de Avaliação da Aprendizagem Escolar (PAAE) em Minas Gerais: Interfaces entre práticas avaliativas e currículo de História no Ensino Médio.
Alguns resultados da pesquisa dialogam com suas publicações, nesse sentido, gostaria de saber se você tem interesse em ler meu trabalho. Segue trechos do resumo e, caso tenha interesse, posso lhe enviar todo o texto da dissertação. Desde já agradeço a atenção. Atenciosamente,
Alex de Oliveira Fernandes.
O objetivo do trabalho foi investigar o PAAE, implementado pela Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais (SEE-MG), identificando as suas implicações nas práticas de ensino de História. Pretendeu-se analisar as concepções teórico-metodológicas de avaliação e de ensino-aprendizagem que norteiam o programa e os modos de uso de avaliação nas práticas docentes no Ensino Médio. Adotou-se como categoria de análise a abordagem sociológica da avaliação com base nas contribuições de Afonso (2009), na busca de interfaces no debate contemporâneo sobre a relação entre avaliação, currículo e trabalho docente. Nessa perspectiva, a avaliação torna-se campo privilegiado de investigação que permite a análise de nexos existentes nos sistemas e modelos de regulação estatal, nas modalidades vinculadas às concepções pedagógicas, contextos e conjunturas políticas e socioeconômicas. Os resultados indicam que o discurso das vantagens e benefícios promovidos pelos sistemas e programas de avaliação pautados no modelo de gestão educacional inspirado em accountability, tende a ocultar a complexidade intrínseca ao campo da didática, ao processo ensino-aprendizagem, em favor de concepções reducionistas de ensino, de viés tecnicista, desconsiderando a pluralidade de conceitos e a dimensão multifacetada do currículo e das práticas de avaliação da aprendizagem escolar. Especificamente em relação ao PAAE, observou-se uma contradição entre o anúncio do caráter inovador dos itens utilizados como recurso pedagógico e a presença hegemônica de questões tradicionais da disciplina de História. Evidenciou-se que tal procedimento contribui para a manutenção de posturas conservadoras nas práticas de avaliação, em detrimento da modalidade formativa anunciada. A observação das práticas de uso do programa pelos professores demonstra que, como política pública, o PAAE não tem alcançado os resultados almejados pelos gestores e idealizadores. Observou-se ainda, a distância entre o dito e o feito sobre a concepção de avaliação formativa no Ensino Médio. O programa instaurou a cultura de testes padronizados, limitando a perspectiva curricular presente no Currículo Básico Comum (CBC) da disciplina de História.