Enquanto a mídia brasileira se deleita com os resultados do PISA ( veja aqui e aqui) e a esquerda disputa com o conservadorismo atualmente alojado no ministério da Educação – o ministro atribuindo o suposto desastre da educação brasileira na pontuação do PISA ao PT (veja aqui) e os ex-ministros do PT se defendendo e mostrando os avanços – muito dos quais verdadeiros – para a educação brasileira em seus governos (veja aqui e aqui), cada um a seu modo validando o PISA, vamos deixando de levar a sério a crítica que está sendo acumulada sobre este exame.
Há pouco tempo um time de 100 acadêmicos ao redor do mundo fez um abaixo assinado indicando os problemas deste teste – mas isso não é levado em conta (veja aqui).
Yong Zhao deverá publicar em breve no Journal of Educacional Change um artigo cujo nome será: “Duas décadas de destruição: uma síntese da crítica contra o PISA”. Segundo o Blog Answer Sheet, que antecipa parte deste artigo, o autor escreve:
“[A] base sobre a qual o PISA construiu seu sucesso foi seriamente desafiada. Primeiro, não há evidências para justificar, e muito menos provar, a alegação de que o PISA realmente mede habilidades essenciais para a vida nas economias modernas. Segundo, a alegação é uma imposição de uma visão monolítica e centrada nas sociedades ocidentais sobre o resto do mundo. Terceiro, a alegação distorce o objetivo da educação.”
Yong adaptou a primeira parte de seu artigo para um post no Answer Sheet no qual ele escreve:
“O PISA é um mágico magistral. Criou com sucesso uma ilusão de qualidade da educação e a comercializou no mundo. Em 2018, 79 países participaram deste show mágico, acreditando que este teste trienal mede com precisão a qualidade de seus sistemas de ensino, a eficácia de seus professores, a capacidade de seus alunos e a prosperidade futura de sua sociedade.”
Leia mais aqui.
Pingback: Educação em Debate, edição 265 – Jornal Pensar a Educação em Pauta