Em novo texto no site “Brasil 247”, Zara Figueiredo Tripodi, examina a posição do ministro da educação em relação ao ENEM:
“A realização do Enem conforme defendido pelo Ministro significa aceitar a falsa premissa de que apenas parte de nossos jovens pode aspirar à mobilidade social via diploma universitário.”
Leia aqui.
Alguém realmente acredita que a desigualdade de “oportunidades” vai se escancarar por causa dos que não têm internet nesse último ano de escolaridade?
A desigualdade já está dada desde que esses jovens entraram na escola. Desde que começaram a se alfabetizar. Desde quando o vocabulário de um, aos 6 anos de idade, era 10 vezes maior do que o do outro.
É preciso tomar cuidado nesse ataque à realização do ENEM (justo ataque, mas por outras causas) para não acabar entrando na retórica meritocrática de “igualdade de oportunidades” que não existe.
Não vai ser o terceiro ano do Ensino Médio que vai fazer um menino ou uma menina que não tem internet em casa conseguir entrar numa universidade pública. Comprar esse discurso soa hipócrita