Postado originalmente na Uol em 29/04/2011
Segundo a Folha de São Paulo (29-4-2011) Dilma tem reiterado à sua equipe que “não vai considerar um tabu a manutenção dos serviços de operação dos aeroportos nas mãos da infraero”. Mais ainda: “indagada por assessores se não temia a reação de servidores da estatal, ela afirmou também.
É hora de começarmos a cobrar do governo Dilma seu posicionamento sobre o Plano Nacional de Educação, que não pode ser somente compreendido como diz o Secretário Executivo Adjunto do MEC, Prof. Chagas, como sendo “uma proposta ao Congresso”. Alí está a posição do governo e ela não reflere, ao contrário do que ele crê, a Conferência Nacional de Educação – ou as mesmas entidades que estiveram na elaboração da Conae não estariam agora tendo que apresentar emendas às centenas ao PNE do governo. Parece que os únicos que estão satisfeitos com o PNE do governo são exatamente aqueles que não votaram em Dilma.
Portanto, temos que cobrar do Governo um posicionamento político sobre o que queremos para a educação nos próximos anos: alinhar a educação com as necessidades das corporações empresariais e com as aspirações de uma classe média emergente, ou termos um projeto de formação e desenvolvimento para a juventude brasileira, soberano e emancipatório – para além de sua vinculação estrita com o trabalho. Uma coisa é certa: o corporativismo empresarial vai jogar pesado e ele tem acesso direto à Presidência.
que prefere “brigar” com os funcionários da Infraero a enfrentar a insatisfação da classe média com os serviços dos aeroportos.”
A questão é se esta mesma racional despolitizada e pragmatista não acabará orientando os assuntos educacionais