Goiás: 19 escolas ocupadas, 6 em Anápolis

“Estudantes de Goiás ocuparam hoje (dia 16) ao menos sete escolas da rede pública de ensino do estado. Eles são contra reformas anunciadas pelo governo estadual, que pretende transferir a administração das instituições de ensino estaduais para organizações sociais. Pelo menos 19 escolas estão ocupadas na capital, Goiânia, e no interior, segundo a organização do movimento.

As ocupações ocorrem em 10 escolas de Goiânia; duas de Aparecida de Goiânia; seis em Anápolis e uma em Cidade de Goiás. Inspirados nas ocupações ocorridas em São Paulo, as manifestações dos estudantes de Goiás começaram há uma semana, após o governador Marconi Perillo autorizar a formalização da parceria que transfere a gestão das escolas da rede estadual para organizações sociais, que são entidades privadas filantrópicas.”

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About Luiz Carlos de Freitas

Professor aposentado da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - (SP) Brasil.
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2 Responses to Goiás: 19 escolas ocupadas, 6 em Anápolis

  1. Avatar de Rodrigo Rodrigo disse:

    Professor, o que acha do comentário do ex-ministro Renato Janine Ribeiro publicado em sua página no Facebook ? Estariam os estudantes de Goiás equivocados em sua luta?(penso que não).

    “Pensando em educação, o que mais me anima é o que leio, por exemplo, de Tião Rocha ou de Braz Rodrigues Nogueira, que inspiram o futuro. (Por isso mesmo, meu maior êxito no MEC – isto é, uma política de minha iniciativa que ficou mesmo com a mudança de ministro – foi a criação do GT para desenvolver experiências inovadoras na educação, para o qual convidei Helena Singer. Feliz aniversário, Helena!).
    Mas, ficando claro que as metas da educação são estas, não vejo problema em utilizar os meios mais eficientes e eficazes para atingi-las. Houve uma tremenda celeuma há poucos dias, quando a secretária de Educação de Goiás, Raquel Teixeira, que é velha lutadora pela educação pública, informou que iria ceder algumas escolas estaduais a OSs, para que estas se ocupassem estritamente da gestão.
    Ela deu até o exemplo do diretor de escola trocando um vaso sanitário. Não é papel do educador, disse ela. E deixou claro que toda decisão pedagógica seria dos educadores. O que ficaria com as OSs seria o lado instrumental.
    Pois não é que foi acusada exatamente daquilo que ela NEGAVA? Fico impressionado, sempre, com a pouca disposição a ler, a entender. Quanto mais a ver que, talvez, o “outro lado” tenha contribuições a fazer.
    Não estou assinando embaixo do que Raquel fará. Mas é uma educadora, uma lutadora da educação, e suas ideias não podem ser descartadas por ideologia.
    (Não acho o link, se alguém puder postar agradeço).
    Só peço uma discussão séria. Se for para ficar na denúncia do corte de dinheiro para tudo, inclusive a educação, please! O Brasil está sem dinheiro, até para educação. Temos que fazer render mais o que temos.
    Ideias ajudam. As de Tião, Braz, Helena, mas também as de Raquel, que a meu ver não competem porque estão em planos diferentes.”

    • Aqui, não se trata de descartar ideias por ideologia, e sim por que elas não apresentam evidência empírica que as sustente onde foram usadas. Você conhece algum estudo que referende as medidas de Raquel como política pública? Citou Janine algum estudo que referende suas posições? A questão aqui é ciência, e não fé.

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