JEDUCA cobra MEC

JEDUCA – Associação de Jornalistas da Educação – divulga nota solicitando que MEC libere os dados do IDEB sob embargo, para que os jornalistas que trabalham com educação tenham mais tempo para analisá-los antes da publicação das matérias jornalísticas.

A JEDUCA vem realizando um trabalho interessante e necessário de conscientização dos jornalistas sobre os riscos de se cobrir determinadas matérias ligadas à educação e vem procurando divulgar entre a categoria, com a ajuda de vários especialistas, as precauções que devem ter na elaboração das matérias.

A divulgação dos dados oficiais do MEC tem recebido críticas há muito tempo. Embora atualmente tenha o INEP estabelecido um plano de abertura dos microdados, ainda há o problema da comunicação dos resultados das avaliações nacionais que usualmente tem sido restrita a um “press release” informal dos próprios ministros. Esta forma é absolutamente insatisfatória e revela o esvaziamento do INEP.

O INEP também não tem divulgado relatórios completos das avaliações deixando de informar indicadores relevantes que permitiriam conhecer a adequação dos processos de medição e coleta de dados utilizados. Os exames são uma incógnita tanto quanto à sua produção e qualidade, bem como, quanto aos dados em si. Deve-se agregar que o INEP terceiriza muitas partes do processo e não temos controle social sobre isso.

O Blog apoia a nota da JEDUCA e deseja que ela seja futuramente ampliada para outros aspectos das avaliações nacionais.

NOTA DA JEDUCA SOBRE O IDEB

A Jeduca lamenta que, mais uma vez, o Ministério da Educação não tenha divulgado os resultados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) sob embargo, para que os jornalistas pudessem ter tempo de preparar melhor as reportagens sobre um dos mais importante indicadores de qualidade da educação brasileira.

O embargo já é adotado com sucesso pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) há mais de dez anos. Também é uma prática comum na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) na divulgação do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) e de outros relatórios sobre educação. Várias organizações ligadas à ONU (Organização das Nações Unidas), incluindo a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), também já trabalham desta forma.

A divulgação de indicadores e de avaliações educacionais sem embargo é uma prática recorrente não só pelo MEC, como pelos estados e municípios.

Ao negar aos jornalistas a oportunidade de ter mais tempo para trabalhar em reportagens que envolvem temas complexos – como a análise de indicadores educacionais de todos os estados, municípios e escolas públicas do país -, o MEC acaba involuntariamente por prejudicar a sociedade, empobrecendo o debate público sobre um tema tão essencial ao país quanto a qualidade do ensino.

Sobre Luiz Carlos de Freitas

Professor aposentado da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - (SP) Brasil.
Esse post foi publicado em Assuntos gerais, Ideb, Mendonça no Ministério, Prova Brasil. Bookmark o link permanente.

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