As mudanças no atual ENEM são cosméticas. A única medida de fundo, a não divulgação de ranqueamentos, é apenas uma questão de ajuste até que outros exames sejam definidos oficialmente para o ensino médio. Há tempos que o ENEM deixou de ser uma avaliação do ensino médio – se foi algum dia. Mas quando não era processo seletivo para o ensino superior, estava mais próximo disso.
O atual MEC está, de fato, trabalhando a partir da BNCC – a base nacional curricular – e destes novos estudos sairá também a futura avaliação da educação básica.
Segundo o ministro da Educação, Mendonça Filho:
“Com essas medidas, nós estamos buscando um aperfeiçoamento operacional do exame e deixaremos prontas todas as adequações futuras pelas quais o Enem terá que passar em decorrência da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que nós esperamos que esteja pronta este ano”, destacou.”
Ou seja, o atual ENEM descola-se do ensino médio e vai ser só processo seletivo para o ensino superior. Medida correta, diga-se. Mas, outro exame ocupará seu lugar.
Por outro lado, o que se vê é a consolidação da estratégia de “consulta pública” – ou seja, consulta sob controle: ouço a todos, faço o que quero. Com isso, a contribuição mais qualificada de especialistas fica limitada aos convidados do MEC que participam da própria elaboração. Ouvir entidades, nem pensar…
Prezado Freitas,
A Associação dos Servidores do Inep – Assinep – divulgou hoje uma Nota Pública (NP nº 1) sobre a recente decisão do MEC de não divulgar mais o indicador “ENEM por Escola”.
Por enquanto, ela está disponível através do seguinte link (Facebook):
Se considerá-la importante para divulgação e comentários, fique à vontade!
Atenciosamente,
Alexandre Ramos de Azevedo