Carta Educação divulga análise de Ximenes, Cássio , Carneiro e Adrião sobre a proposta de privatização de escolas da gestão Alckmin em São Paulo.
Políticos e banqueiros forjam “experimento social” com estudantes da rede pública de São Paulo
Por Salomão Ximenes, Fernando Cássio, Silvio Carneiro e Theresa Adrião
“Embora o documento mencione as altas taxas de evasão e reprovação escolar e os baixos índices de proficiência no Ensino Médio, supostos alvos da nova política, a série histórica de programas de educação “inovadores” implantados pelos governos do PSDB desde os anos 1990 em São Paulo se apoia em orientações de braços sociais de corporações privadas desde há muito. Tais programas, longe de enfrentarem o problema da qualidade da escola pública, têm aumentado o fosso das desigualdades educacionais no estado. A leitura da proposta de Edital nos leva a questionar em que medida reduzir a evasão escolar e melhorar o desempenho no Ensino Médio são de fato as preocupações da nova política. Pois, por “impacto social”, compreende-se a realização de investimentos que criem “estímulos econômicos para que o mercado invista em atividades com potencial de gerar ganhos sociais relevantes e que, ao mesmo tempo, sejam capazes de gerar retorno financeiro para os investidores”. Em outras palavras, trata-se de alienar os direitos sociais e as responsabilidades do Estado com a educação em um generoso balcão de negócios, formalizando a sujeição da educação pública à lógica da venture philantropy (filantropia de risco).”
Leia a análise completa aqui em Carta Educação.