Diretrizes da Formação e “a mão visível do mercado”

Olinda Evangelista, Letícia Fiera e Mauro Titton publicam em Universidade à Esquerda uma análise sobre a aprovação das Diretrizes da Formação Docente no Conselho Nacional da Educação: “Diretrizes para formação docente é aprovada na calada do dia: mais mercado”.

“No começo da noite do dia sete de novembro, professores e aspirantes ao magistério Brasil afora foram tomar uma cerveja e dançar forró, alheios talvez aos conflitos que pululam na América Latina, aos desmandos do governo Bolsonaro e às rasteiras que vêm sofrendo seu ofício… Não sabiam ainda – talvez jamais saibam – que o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovara, durante aquele dia, a venda de formação docente e as inumeráveis mercadorias a ela associadas. No período da ditadura empresarial-militar dizíamos que as “forças da opressão” agiam na calada da noite… Continuam agindo na calada, mas não se importam mais com o turno…

Semelhante insanidade foi testemunhada e apoiada pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) que noticiou o feito no mesmo dia, quando a noite chegava. Entretanto, a organização (2019) não foi a única “parceira” presente, embora a única que, até o dia seguinte, assumiu os esforços feitos para definir Diretrizes Curriculares para Formação Inicial de Professores da Educação Básica e Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (DCNFD) (BRASIL, 2019a). Quem mais estava lá? Quem teria colaborado para que as DCNFD fossem tão celeremente – quase na clandestinidade – aprovadas? Que consenso quase-secreto, e de quem, a trouxe à luz?”

Leia aqui.

Sobre Luiz Carlos de Freitas

Professor aposentado da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - (SP) Brasil.
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