Leitor comenta post e informa estudo em andamento:
“O Brasil segue na contramão de paradigmas educacionais mais consistentes, como o finlandês, por exemplo, e insiste em continuar copiando o modelo dos EUA, mesmo quando o próprio governo americano começa a reconhecer o fracasso dessa concepção de educação.
Esse modelo neoliberal/mercantil de educação, perspectiva educacional contemporaneamente hegemônica no planeta, subsume completamente essa esfera aos mecanismos capitalistas de mercado, destituindo-a de seu fundamental papel de veículo do esclarecimento e da formação humana e instrumentalizando-a de forma a dinamizar e acelerar a reprodução ampliada do capital por parte da macroestrutura oligopólica de poder global.
Em minha Tese de Doutorado, notadamente no primeiro capítulo, estou procurando mostrar como essa macroestrutura de poder econômico capturou o sistema educacional dos EUA, parasitando-o com vistas a movimentar um mercado bilionário de empresas de provimento de educação, de tecnologia da informação, de consultoria e de infraestrutura para os referidos testes padronizados, verdadeira obsessão das forças político-economicas dominantes naquela formação social. Em seguida, replicarei a análise do modelo na realidade educacional brasileira, traçando um paralelo com a conjuntura norte-americana, mas salientando as peculiaridades e os constrangimentos estruturais que aprisionam nosso modelo, marcado pela inclusão subalterna e neocolonizada nos circuitos econômicos, científicos e tecnológicos globais.
Uma pena.”