Leitor comenta fracasso da privatização

Leitor informa que “a Consultoria Falconi se chamava Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG) e a metodologia deles foi implantada no início do primeiro governo de Eduardo Campos em Pernambuco.

Eles construíam uma “árvore” com indicadores, e sinais em verde, amarelo e vermelho. Entre os indicadores havia um sobre gravidez na adolescência. Se duas alunas engravidassem o indicador ficava no vermelho. O que é de uma gritante ignorância acerca do fenômeno educativo e do contexto escolar. Os gestores não entendiam aquela tecnocracia e ficavam loucos por ter que responder por fatores que escapavam em muito da alçada dos profissionais da escola. É como se os fatores socioeconomicos fossem fatores de produção, controláveis, mensuráveis.

Resultado? Foi um retumbante fracasso… em pouco tempo a metodologia do INDG foi substituída pelo Gestão Nota 10 do Instituto Ayrton Senna, que também fracassou, e foi substituída pelo Pacto pela Educação de Pernambuco (PPE) que ainda está por se provar.

Desenvolvi essa análise na minha dissertação de mestrado. De fato, o que o professor afirma em seus artigos neste blog, ou seja, que estão fazendo experimentos de política educacional que não tem sustentação empírica e não se comprovaram efetivos em pesquisas nacionais nem internacionais, se verifica.

Estão tratando milhões de alunos e milhares de profissionais de Pernambuco como ratos de laboratório. Quando dá algo errado, eles trocam de método, para manter os mesmos princípios, à revelia das consequências negativas, custe o que custar.”

Sobre Luiz Carlos de Freitas

Professor aposentado da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - (SP) Brasil.
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