A Universidade de Chicago, uma das melhores universidades americanas, acaba de anunciar que não vai mais exigir que todos os seus postulantes façam o teste de seleção conhecido como SAT.
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O SAT – Scholastic Aptitude Test – é um teste padronizado utilizado para admissão em faculdades nos Estados Unidos. Equivaleria ao nosso ENEM – talvez mais apropriadamente ao “novo ENEM” em elaboração pelo INEP e que será destinado especificamente à seleção para as universidades brasileiras.
Há um grande debate sobre o papel que os testes padronizados cumprem nos processos seletivos nas universidades. Para Rubin, “se as universidades querem alcançar resultados meritocráticos, elas deveriam considerar, raça, etnia, gênero e renda familiar dos postulantes.”
A Universidade de Chicago também anunciou que vai expandir a ajuda financeira e as políticas destinadas a atrair estudantes de baixa renda e que sejam a primeira geração a frequentar a universidade.
Isso incluirá bolsas de estudo completas para alunos cujas famílias ganham menos de US $ 125.000 ano; bolsas de estudo de US $ 20.000 ao longo de quatro anos e um estágio pago para todos os estudantes de primeira geração; e novas bolsas especiais para veteranos e filhos de policiais, bombeiros e veteranos.
A política de Chicago, se de fato for mantida, é uma boa surpresa. Não é a primeira instituição a relativizar o SAT, mas pelo rigor acadêmico que lhe é característico, certamente causará um impacto significativo e poderá levar a outras deserções do SAT.
No Brasil, deveria levar uma certa intelectualidade que arrota “rigor acadêmico” a uma maior reflexão, antes de ser contra uma melhor representação da população brasileira nas universidades.