Sara Badra Oliveira publica artigo indispensável para a compreensão das políticas educacionais originárias da terceira via inglesa. Em tempos de cerco autoritário que joga a esquerda para o centro, é extremamente oportuno um olhar crítico para estas políticas que enfatizavam, na versão Tony Blair:
“1. Inclusão no currículo da necessidade de combater a discriminação, valorizar a diversidade cultural, cuidar do bem-estar emocional dos alunos e formar, além de trabalhadores qualificados, cidadãos críticos e respeitosos; 2. Redistribuição de recursos para áreas socialmente vulneráveis; 3. Fortalecimento da democracia com participação das famílias e comunidades em processos estratégicos de tomada de decisão”.
Resumo: “O artigo apresenta a análise realizada por Sharon Gewirtz das políticas educacionais da Terceira Via inglesa a partir de um referencial de justiça social construído por ela em diálogo com as obras de Nancy Fraser e Iris Young. Nove obras da autora inglesa produzidas ao longo de uma década, entre os anos de 1995 e 2006, foram sistematizadas em quatro partes: a primeira situa Sharon Gewirtz no campo crítico de análise das políticas públicas; a segunda expõe o referencial de justiça social baseado nas duas autoras norte-americanas; a terceira apresenta as políticas educacionais da Terceira Via inglesa; a quarta demonstra como o referencial de justiça social escolhido por Gewirtz é capaz de sustentar uma análise crítica e integrada das características, sujeitos e consequências das reformas gerenciais. Por fim, o artigo expõe algumas críticas elaboradas a estas reformas no contexto brasileiro e defende a potencialidade de uso do conceito de justiça social como parâmetro ético valorativo para análise das políticas educacionais brasileiras.”
Acesse o artigo aqui.