A dualidade das escolas públicas terceirizadas americanas

As escolas públicas terceirizadas americanas querem ser, ao mesmo tempo, públicas e privadas – na dependência das conveniências em jogo. É o que nos informa Ravitch.

“Uma escola terceirizada da Carolina do Norte tem uma regra exigindo que as meninas usem saias, como se fazia nos bons velhos tempos. Os tribunais disseram que, se ela é uma escola pública, não pode impor tal regra discriminatória. A escola insiste, no entanto, que “não é um ator estatal” e portanto, não é pública.”

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Com isso, a escola defende que poderia impor esta regra. Isto é um dilema. O lobby nacional das terceirizadas faz questão de afirmar que elas são escolas públicas e têm direito a financiamento público integral. Elas se auto-denominam “escolas públicas terceirizadas”. Mas na hora de colocar regras arbitrárias elas querem o status de escola privada.

Ou seja, elas querem o melhor dos dois mundos: o mundo público do financiamento; e o mundo privado da não regulação do Estado.

É assim.

Sobre Luiz Carlos de Freitas

Professor aposentado da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - (SP) Brasil.
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