Governo rebaixa custo aluno 2020

O governo, em seu desejo de fazer caixa, rouba o futuro da juventude atingida pela pandemia, em um momento em que vamos necessitar de mais investimentos para poder recuperar as defasagens produzidas. A CNTE denuncia:

 “A publicação da Portaria Interministerial nº 3, de 25 de novembro de 2020, que reduziu o valor anual mínimo por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, neste ano de 2020, mantém a trajetória negacionista do governo Bolsonaro diante da crise do coronavírus no Brasil, e projeta junto com outras medidas de arrocho fiscal a inevitável (e arquitetada) desestruturação da escola pública brasileira, a partir de 2021. Neste momento, o governo federal atua para se vingar da derrota sofrida na aprovação da Emenda Constitucional nº 108, que instituiu o Fundeb permanente, porém sua irresponsabilidade afeta não apenas a escola pública, como também grande parte dos estados e municípios do Brasil, que serão afetados imensuravelmente com desequilíbrios orçamentários.”

A CNTE ainda alerta para a previsão de reajuste zero para o piso salarial de 21 e conclama o Congresso a defender a educação pública. Diz:

Diante da gravidade desse cenário irresponsável criado pelo governo Bolsonaro, a CNTE requer do parlamento brasileiro a aprovação de medidas que sustem imediatamente os efeitos da Portaria nº 3/2020, impedindo que maiores absurdos sejam cometidos contra a educação brasileira e seus profissionais. É preciso assegurar os recursos públicos suficientes para garantir educação de qualidade a todos/as, especialmente aos filhos e filhas da classe trabalhadora e aos/às próprios/as trabalhadores/as.
Outra ação urgente que compete ao parlamento refere-se à aprovação da lei de regulamentação do Fundeb permanente, que precisa assegurar expressamente a recepção da Lei 11.738 (piso salarial do magistério) até que outro dispositivo de valorização seja assegurado aos profissionais da educação. Essa medida é essencial para evitar quaisquer manobras com vistas a colocar em dúvida a vigência da Lei do Piso, em 2021, e/ou atrasar sua execução que deve ser perene.

Leia íntegra aqui.

Sobre Luiz Carlos de Freitas

Professor aposentado da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - (SP) Brasil.
Esse post foi publicado em Assuntos gerais, MEC sob Bolsonaro, Pastor Milton no MEC e marcado , . Guardar link permanente.

3 respostas para Governo rebaixa custo aluno 2020

  1. Gisele Alves disse:

    Triste realidade!

  2. Pingback: Educação pelo Brasil, edição 303 – Jornal Pensar a Educação em Pauta

  3. Pingback: Ano 8 – Nº 303/ sexta-feira, 04 de dezembro de 2020 – Jornal Pensar a Educação em Pauta

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