Na tentativa de emplacar suas ideias, os reformadores empresariais criam a cada certo tempo “milagres” amplamente acolhidos pela mídia e que servem como figuras emblemáticas de um suposto sucesso que com o tempo tem sempre o mesmo destino: a lata de lixo da ciência.
Foi assim com o “milagre do Texas” que alicerçou a lei de responsabilidade educacional americana. Agora é a vez de destruir o “milagre de New Orleans”.
“Neste verão será o aniversário de 10 anos da devastação da cidade de New Orleans pelo furacão Katrina. Mas também marca o início de um ambicioso – muitos diriam audacioso – esforço para quebrar o sistema de escola públicas de New Orleans e substituí-lo por um *sistema baseado no mercado* em que as escolas charter competem por clientes, neste caso alunos e pais, e por resultados nos testes. Escolas de bairro não existem mais. De fato, alguns dos bairros mais atingidos pelo furacão tem poucas escolas. Em vez disso, os alunos passam horas cruzando a cidade em ônibus escolares para frequentar as escolas charter onde praticamente todos abraçam a mesma abordagem: longos dias, uma disciplina rigorosa e um foco pesado na preparação para testes.”
Com a entrevista, inicia-se uma série: “New Orleans: Milagre ou Miragem?” com Kristen Buras sobre o que a reforma tem significado para aquela cidade. Veja aqui (em inglês).