F. Hayek, teórico do neoliberalismo, defendia o empreendedorismo como forma de permitir que as pessoas sentissem o gosto pelo capitalismo, ou seja, pela “liberdade” de cada um poder construir seu futuro por si mesmo e, também, para que se descentralizassem as decisões econômicas, evitando-se políticas que conduzissem a uma economia com planejamento central.
Com o recrudescimento do neoliberalismo a visão de uma sociedade atomizada cada vez mais por “acionistas” vem ganhando corpo. A escola não ficaria fora desta política. Nora Krawczyk e Tatiana de Oliveira publicam, no blog Outras Palavras, artigo que analisa a introdução da educação financeira nas escolas: “Quando a escola ensina a submissão financeira”.
“Em junho deste ano, o superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores (SOI) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), José Alexandre Vasco, afirmou. “A educação financeira é uma competência fundamental para formar poupadores e permitir o crescimento em bases sólidas do número de investidores no Brasil. Sendo tão essencial ao cidadão, deve ter início o mais cedo possível, preferencialmente na escola […]”.
Estava anunciando o Programa Educação Financeira na Escola, firmado através de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre a CVM e o MEC e lançado em uma cerimônia no último dia 17 de agosto. Tem por objetivo capacitar 500 mil professores de educação básica de forma gratuita e à distância para “implantar a cultura da educação financeira no Brasil”.”
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